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História da Epilepsia

História da Epilepsia

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais prevalentes.

Ainda assim, o conhecimento sobre ela é  limitado, tanto entre as pessoas que apadecem como na população em geral. Esta surpreendente ignorância  surge principalmente de uma mistura de medo e prejuízos. Para conseguir que toda a sociedade este bem informada, o principal  é ensinar  onde começou a má informação, dos medos e prejuízos.

Que sirva esta página como homenagem a todos os afectados, que morreram no passado sem entender de por que foram MARJINADOS.

A palavra epilepsia provem da palavra grega epilepsia,que significa ser agarrado, atacado, ou não ter saída.

A primeira menção conhecida da epilepsia provem de arredor do ano 500 a 700 a.C. Certas lápidas de pedra achadas na Babilónia contem observações detalhadas da epilepsia, dos tipos de crises epilépticas, factores desencadeantes, sintomas pos- ictáis etc. De uma colecção de 40 lapidas de pedra que descrevem todas as doenças conhecidas nesse momento, 4 ou 5 tratam exclusivamente da epilepsia.

Os antigos gregos consideravam a epilepsia como um fenómeno sobrenatural, a doença divina.  Para a sua forma de pensamento, só um Deus podia derrubar as pessoas ao chão, privar dos seus sentidos, produzir-lhes convulsões e devolver-lhes de novo a vida, aparentemente muito pouco afectados pelo acontecimento. HIPOCRATES, MÉDICO GREGO E PAI DA MEDICINA, que viveu arredor do ano 450 a. C. escreveu um livro sobre a epilepsia que foi revolucionario para o seu tempo e que levava por titulo SOBRE ADENOMINADA DOENÇA SACRA neste livro tentou então explicar ás pessoas do seu tempo a essência da epilepsia.Comparava os feitos com as especulações, as observações objectivas com as surperstições, os conselhos razoaveis com o coranderismo inútil, acusando sabiamente as terapias alternativas de ignorantes.

(…) A meu ver, aqueles que por primeira vês fizeram sagrada esta afeição eram iguais aos actuais magos e purificadores, vagabundos, impostores e charlatões; estes pretendem ser de vehemente piedade e saber mais, utilizando o divino para ocultar a sua impotencia e para que não fique em evidencia que nada sabiam estimaram sagrada esta afeição.

Com as palavrarias e maquinações fingem saber algo soperior e enbaucam ás pessoas, recomendando purificações e expiações, e o grosso das suas charlas é invocar o divino e o demoníaco. (...)

                                                HIPOCRATES

Escreveu que a epilepsia não era um segredo nem tam pouco um achado: a causa da dolência se encontrava no cérebro, tratava-se de uma doença como outra qualquer sendo detectada a tempo se poderia curar. «epilepsia benigna da infância»

Haveriam de passar 2.400 anos até que a ciência moderna confirmava muitas afirmações deste genial pai da Medicina.

Remontando á antiga Roma, nos encontramos com os comícios, assembleias de parlamentários romanos onde se decidia entre todos o presente e futuro do seu vasto Império, muitos de estes parlamentários, sofriam crises de epilepsia,quando algum parlamentário sofria qualquer tipo de crise era costume suspender o comício (comitia), pois era necessário de imediato a purificação que impediria o contagio até que se recupera-se, já que o seu voto era indispensável para qualquer decisão do governo, de aqui provem o termino de CRISE COMICIAL. Mas isto não era nenhuma desonra para eles pois um dos seus mais celebres Césares  padecia desta doença JULIO CÉSAR   

                                        CAIU  JULIO CÉSAR

QUINTO SERENO considerou a pessoa com epilepsia, como um paciente endemoniado tabu, intocável. Pois quem o tentasse tocar, podia ser possuído pelo maligno e contrair a doença. Esta concepção mágica, fez contributo á ideia de que a vida da pessoa com epilepsia, era miserável e estava marcada por um estigma social, tanto igual como foi outra doença sagrada: A LEPRA . Durante centenas de anos, a epilepsia seria a doença diabólica por excelência e a pessoa com epilepsia seria um paciente maldito acediado pela incompreensão, o desperdiço e com frequência , a ira dos seus progenitores, sendo uma desonra  para toda a família.

Duram-te 2000 anos surgirão três teorias sobre a causa da epilepsia em diferentes épocas. Uma teoria sustentava que as pessoas com epilepsia estavam possuídas pelos espíritos ou demónios. Este ponto de vista esteve vigente na época de  Cristo ( livro de Marcos, capitulo9,vercicolo17 a 27). Jesus eliminou os espíritos diabólicos de um homem que havia padecido ataques desde a infância, a bíblia mostra-nos um dos primeiros exorcismos e a Jesus como um dos primeiros exorcistas cristãos.

Como medida de protecção era normal cuspir ás pessoas que padeciam da doença, para espantar os espíritos diabólicos. Como sucedia com muitas outras doenças, as pessoas acreditavam que este mal estava controlado por corpos celestes e, no caso da epilepsia, pela LUA. Pensava-se que era provável que os ataques tivessem lugar em época de lua cheia, de aí o nome de a doença lunar e aos doentes de LUNATICOS.

                                                    IDADE MEDIA 

Já na idade media agudizasse muito mais o temor ás pessoas pacientes de epilepsia, e é potenciada ate aos nossos dias a margínação, das pessoas com epilepsia e a toda família.Constantino o Africano, a figura mais destacada da escola de SALERMO, Ideou uma fórmula para identificar dois tipos de epilepsia, uma de origem natural e outra de origem sobre natural. Ele situava-se no ouvido do doente, e ordenava ao demónio para se apartar. Se fosse LUNATICO OU DEMNIATICO, o doente sofria durante 1 hora um desvanecimento como se estivesse morto, «STATUS EPILEPTICO NÃO CONVULCIVO». Depois poderia responder a tudo que lhe fosse perguntado. Se depois de formular a ordem o doente não caía, «crises simples»,tratava-se de epilepsia. (omnia opera).

A epilepsia recebe nomes como gutta, gota caduca, fallingevil, doença negra, doença de são lupo (morbus St. Lupi), doença de são JoãoBatista, e doença de são Valentim, padroeiro dos epilépticos junto a são vito.

A expansão do cristianismo propiciou relíquias e devoções milagrosas para esta doença. Foram feitas peregrinações a lugares sagrados, como ao priorato de são Valentim, na Alsácia, onde a finais do século xv foi construído um hospital para epilépticos. Em Roma levantou-se o Mosteiro de santa Babiána. Os padres da igreja suplantavam cada vês mais aos médicos na teorização sobre aepilepsia.

Por muito grande que fosse a luta dos médicos discípulos de Hipócrates, durante 1000 anos os doentes epilépticos e mentais, foram considerados possuídos pelo diabo, para os quais os médicos nada podiam fazer, só os feitiços dos bruxos, curandeiros, e os exorcismos dos inquisidores podiam influir nesta doença demoníaca e eles ampliaram a seu desejo e conveniência a literatura sobre o tema e ocuparam a vaga expulsáda da ciência. Uma guerra desigual de religião entre um culto eclesiástico burocrático e aliado com o poder politico, e outro individual próximo á magia arrasará a Europa como a PESTE na baixa IDADE MEDIA. «A CAÇA ÁS BRUXAS»;

Naqueles anos marcados por guerras e brumas, as pessoas com epilepsia serão de novo vitimas do FANATISMO. A idade media finalizará com uma dança macabra (cruzada dos meninos, 1212),alucinados por (bella dona), rebeldes bruxos, histéricos, epilépticos sobreviventes da fogueira dançaram juntos aos iluminados, perseguidores, enfeitiçados e inquisidores ( a inquisição foi criada no século xlll). Atualmen-te ainda sofremos as consequências de tanta ignorância.

                           JOHN HUGHLINGS JCKSON ( 1835-1911)

Foi um dos mais famosos Epileptologistas « neurologistas especialistas em epilepsia ». Deu um grande passo na investigação desta patologia. Durante 40anos investigando no nature (NATIONAL HOSPITAL FOR THERELIEF AND CURE OF THE PARALYSED EPILEPTIES), onde dispunha de uma públação bastante avultada de doentes com epilepsia. Denomina a epilepsia e as convulsões como fenómenos clínicos resultantes da hiper excitabilidade dos neurónios dos hemisférios cerebrais. Em 1857 na Alemanha foi descuberto por casualidade o primeiro medicamento eficaz contra a epilepsia: o BROMO ou BROMURO, (ceioque em Portugal se chama CANFRIA).

Mas lamentavelmente apareceu uma nova Santa inquisição. Durante o terceiro Reich, na Alemanha foi interrompida toda a investigação no campo da epilepsia.

O grande génio inventor do ELETROENCEFALOGRAMA, HANS BERGER, não foi naquele tempo tomado em sério e não obteve a consideração que merecia. Se Inventou solucionar o problema da epilepsia medidas inumanas, chamadas eugenésias. Que incluso chegarão a ter força de LEI. Em consequência de tal, muitos doentes de epilepsia que apresentavam uma deficiência importante foram assassinados aos milhares junto com outros deficientes, bem envenenados, metidos em câmaras de gáz ou ingéctando-lhes uma sobestancia LETAL no coração.

Ate á menos de 60 anos havia nos Estados Unidos medidas marginais contra as pessoas com epilepsia, estavam proibidos de, terem relações sexuais, frequentar locais públicos, como cinemas e teatros, tão bem lhes foi negado o voto ETC.

A historia demonstra que algumas pessoas com epilepsia superaram as demais em inteligência, capacidade e genialidade, apesar de que a epilepsia antes era uma doença que não tinha tratamento.

Homens de estado de grande relevo, como Alexandro Magno, Júlio César,Napoleão Bonaparte, o ZAR Pedro o Grande e Lenine sofriam crises epilépticas.

Os escritores Lord Byron, Gustave Flaubert, Guy Maupassant e Fiodor  Dostelevski, os músicos Hector Berlioz eNiccoló Paganini, e o filósofo Sócrates, os ciêntistas Hermann Helmholtz,Alfred Nobel, Newton incluso Albert Einstein sofriam convulções, assim como o pintor Vicent Vem Gogh, religiosos como Santa Teresa de Jesus, Juana de Arco,Sam Pablo o Mahoma som alguns poucos de uma lista de pesonalidades destacadas na historia que apsar da epilepsia obtiveram logros fora do comum e esses fantasticos EPILÉPTICOS ESCREVERAM PARTE DA NOSSA HISTÓRIA.